A partir desta quarta, dia 6, o CCBB-BH recebe uma exposição em homenagem a Hélio Oiticica, artista brasileiro que marcou a história da arte mundial com seu trabalho potente e performático. “Delirium Ambulatorium” apresenta instalações, pinturas, esculturas e manifestações que influenciaram gerações de artistas plásticos, músicos e pensadores.
A mostra permanece em cartaz até 05 de fevereiro de 2024, de quarta a segunda, das 10h às 22h na Praça da Liberdade, 450. A visitação é gratuita. Saiba mais a seguir!
Hélio Oiticica – Delirium Ambulatorium
A mostra abrange o trabalho de Oiticica desde os anos 1950, o período radicado em Nova York, até suas últimas produções nos anos 1970. São projetos, escritos, objetos, pinturas e diversas instalações a serem experienciadas pelos visitantes.
Delirium Ambulatorium (1978), obra-conceito que dá nome à exposição, é um misto de proposição e performance que coloca no centro de suas atenções a ideia de deambular na cidade como estopim crucial da invenção artística. A exposição apresenta o artista por meio de um dos últimos movimentos de sua trajetória.
Como afirma o pesquisador e curador, Moacir dos Anjos:
Talvez esta seja a expressão mais radical da tentativa do artista de quebrar as distinções entre ateliê e rua, e, principalmente, entre artista e público, acionando o segundo como participante na atividade criadora e instaurando uma forma de expressão genuinamente disseminada e coletiva”.
Instalada nas galerias do 3º andar e no pátio central do CCBB, a mostra extrapola as barreiras dos espaços expositivos convencionais. Dessa forma, ela convida os visitantes a vivenciar as obras de Oiticica com todos os seus sentidos e, assim, honrar o artista que uma vez disse: “o museu é o mundo”.
Sobre o artista
Hélio Oiticica (1937-1980) começou sua carreira como artista ainda jovem, aos 17 anos. Considerado a inspiração máxima para o movimento da Tropicália nos anos 1960, destacou-se pela produção de caráter experimental e inovador, que pressupõe a participação do público.
O artista criou uma série articulada com construções que desafiam noções convencionais sobre o que é arte. Esse percurso se marca por sofisticadas elaborações de conceitos que acompanhavam sua produção de trabalhos.