Está em cartaz a 27ª edição do forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico, Fórum de Antropologia e Cinema. Neste ano, a programação conta com a exibição de quase setenta filmes, distribuídos em quatro mostras: feminista, indígena, contemporânea e sessões especiais.
A programação segue até 03 de dezembro no Cine Humberto Mauro e no Cine Santa Tereza, com todas as sessões gratuitas. Além do mais, os filmes estão disponíveis online no site do festival.
forumdoc.bh: cultura diversa e acessível
O forumdoc.bh foi criado em 1997 com o objetivo de compartilhar filmes de difícil acesso nas salas de cinema convencionais, além de promover reflexão e formação crítica de público.
Nos últimos anos, o festival tem apresentado uma produção potente para renovação e diversificação do filme documentário, com a expressão de coletivos e segmentos sociais e étnico-raciais marginalizados. Tais como cineastas indígenas, os cinemas negros e LGBTQIA+, além de coletivos e autores de regiões de periferia.
Para a organizadora e curadora do forumdoc.bh, Júnia Torres, uma das grandes conquistas do festival é a possibilidade de promover encontros entre os cineastas de filmes e o público.
São esses alguns dos motivos que nos diferenciam em um cenário em que a abrangência do streaming se torna cada vez maior.
Estamos com uma edição incrível e diversa, com filmes de produção indígena, de novos realizadores e também clássicos. Esperamos que todos aproveitem”, explica.
Confira as mostras
Neste ano, o festival exibirá 68 filmes, distribuídos em quatro mostras.
Primeiramente, documentários realizados por mulheres durante o fim da ditadura militar e a redemocratização do Brasil figuram a mostra “Experimentações feministas – cinema, vídeo e democracia no Brasil (1970-1994)”. Os vídeos e filmes em película, ela apresentam um recorte das relações entre o audiovisual e os feminismos brasileiros.
Em seguida, a “Mostra Contemporânea Brasileira” tem como intuito incentivar e mapear a produção audiovisual recente de filmes documentários e etnográficos. Todas as produções possuem no máximo dois anos.
Logo mais, temos a mostra-seminário “A Câmera é a Flecha, a Câmera é a Cesta: cinemas Krahô, Tupinambá, Kuikuro, Kaiabi e Guarani”. Sua programação compartilha com o público a diversidade de formas e narrativas indígenas que tem se desenvolvido nos últimos anos. Estarão presentes dez cineastas indígenas de diferentes povos originários.
Por fim, as “Sessões Especiais” apresentarão filmes selecionados pela curadoria do festival por associarem a pesquisa formal às questões contemporâneas.
Para conferir os filmes de cada mostra, acesse o catálogo do 27º forumdoc.bh pelo site do festival.